DORES NA COLUNA
A dor lombar é um termo que não pode ser generalizado, afinal, existem diversos casos envolvendo esse mesmo tipo de dor e cada um deles possui suas próprias particularidades. Frente a isso, para abordar as causas, temos que focar nas especifidades.
As dores mais frequentes nessa região são: miofascial, facetária, lombalgia, cervicalgia e sacroilíaca.
MIOFASCIAL
A dor miofascial é aquela que diz respeito à condição clínica específica da dor muscular regional, associada a presença dos chamados “pontos-gatilho”, nódulos musculares que geram dor localizada. Até hoje, as causas desse tipo de dor permanecem desconhecidas, apesar de vários estudos e hipóteses a respeito.
Os tratamentos para a dor miofascial podem ser diversos, dependendo de cada quadro e da análise do especialista, focados justamente nos pontos-gatilho do paciente. Geralmente, recomenda-se o uso de medicamentos, como analgésicos e antiinflamatórios, massagens, alongamentos, acupuntura e até mesmo infiltração de anestésicos nos focos da hipersensibilidade.
FACETÁRIA
A dor facetária é uma condição comum causada pelo acometimento das facetas, ou seja, das articulações entre as vértebras da coluna. Essas facetas estão em movimento constante quando mexemos nossa coluna e, por conta disso, acabam se degenerando ao longo dos anos. A partir desse fenômeno, podemos destacar que a cartilagem pode ser afetada também, levando a outros problemas na região, como, por exemplo, o bico de papagaio.
Os sintomas da dor facetária lombar podem variar dependendo do indivíduo e da região em que as facetas foram afetadas. Por exemplo:
- Facetas próximas do pescoço ou coluna cervical: entre os sintomas mais comuns podemos destacar dores no dorso, dores de cabeça e dificuldade de movimentação do pescoço;
- Facetas da parte inferior das costas ou coluna lombar: pode-se observar sintomas como dores nas costas, com chance de irradiar para outras regiões, como os glúteos ou coxas, além de incômodos para andar ou ficar de pé.
Vale ressaltar que também pode ocorrer episódios de dores agudas periodicamente e que a dor facetária é uma das principais causas de dor crônica.
LOMBALGIA
Queixa cotidiana no consultório do médico que trabalha no tratamento do paciente com dor crônica, a dor lombar acometerá cerca de 80% da população alguma vez na vida. Quando aguda, aquela com duração de no máximo 3 meses, cerca de 90% dos doentes se recuperam espontaneamente.
A dor lombar está intimamente relacionada com certas atividades profissionais onde se realizam esforços excessivos ou postura inadequadas por tempo prolongado, outros aspectos também estão relacionados, como fatores psicossociais, desmotivação, insatisfação com atividade profissional, depressão e gestação. Para se ter uma resposta terapêutica satisfatória deve se fazer um diagnóstico preciso da origem da dor.
CERVICALGIA
A dor na cervical, ou dor na nuca, sem dúvidas é uma queixa comum em nossa sociedade, acomete cerca de 15% dos adultos e em torno de 70% da população vai relatar em algum momento da vida. Esta dor costuma vir acompanhada de limitação da amplitude de movimentos e rigidez local.
As origens da dor são diversas: comprometimentos das articulações (dor facetaria), dos discos (dor discogênica), das raízes (radiculopatias), cefaleia cervicogênica, tumores ou metástases, infecções, cefaleias, dentre outras.
SACROILÍACA
A dor sacroilíaca, é uma dor na região da articulação sacroilíaca (conexão da parte inferior da coluna com a pélvis) e pode ser responsável por cerca de 30% das lombalgias crônicas, muitas vezes negligenciadas.
Entre suas diversas causas, podemos destacar as principais:
- Doenças reumáticas (como, por exemplo, espondilite anquilosante);
- Traumas;
- Artrite degenerativa
- Processos infecciosos;
- Sobrecargas;
- Infecções.
Todo tratamento é realizado de forma individualizado considerando as especificidades de cada paciente. Seguindo as recomendações médicas, para casos de dor sacroilíaca, recomenda-se fisioterapia, medicações e atividades físicas. Além disso, em alguns casos, pode ser indicado procedimentos minimamente invasivos.